Não é de hoje que os carros fora-de-série me atraem. Não sei se porque na minha juventude, com a proibição dos importados, era o que eu via de diferente nas ruas ou porque os carros que as montadoras ofertavam na época deixavam mesmo a desejar. Enfim sempre gostei deles.
Revendo a revista 4 Rodas de maio de 1985 me deparei com uma matéria sobre o mercado dos fora-de- série usados e logo me reportei aquela época, me imaginando negociando uma Santa Matilde, Puma, MP Lafer..."de barbada".
Até hoje, entre os antigomobilistas, os ditos fora-de-série tem um mercado específico e limitado. Alguns até brincam que os carros de "plástico", pois na grande maioria eram feitos em fibra-de-vidro, não tem muito valor. Definitivamente não é o meu caso.
Mas graças aos carros de "plástico" é que temos ainda uma parte da história automobilística nacional preservada, a ferrugem não os alcança.
Mas vamos à materia da edição nº 298 de maio de 1985:
Pesquisando foras-de-série à venda o que ser pode constatar é que eles, assim como todo carro antigo, variam de preço conforme estado de conservação e raridade.
Encontra-se Miúra desde R$ 3.000,00 até R$ 30.000,00; Puma GTE de R$ 5.000,00 a R$ 55.000,00;
Puma GTB e Santa Matilde de R$ 21.000,00 a R$ 60.000,00.
Mas se compararmos com um Charger RT ou um Maverick GT, os esportivos nacionais preferidos dos antigomobilistas, estes valores podem passar dos R$ 100.000,00.
Mas como qualquer artigo de coleção estas peças só tem valor para os que as apreciam.
Quem não é "do ramo" certamente vai nos chamar de loucos.
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