Thursday, December 5, 2013

FORD MAVERICK GT - EVOLUÇÃO

Um dos mais cobiçados automóveis produzidos no Brasil, hoje muito procurado por colecionadores, o Ford Maverick GT teve uma trajetória excepcional.




Com o fim da produção do Aero-Willys e do Itamaraty em 1971 a Ford do Brasil estudava trazer um carro para substituir os grandes sedãs.
Foram feitos vários estudos e pesquisas até que a montadora optou pelo Maverick,  que havia sido lançado nos EUA em abril  de 1969.


Tratado como projeto MH, em janeiro de 1971 a Ford importou sete Maverick para serem testados e "nacionalizados" aqui no Brasil.



A produção de um novo motor em uma nova fábrica da Ford dependia do governo federal brasileiro, o que só foi anunciado em 2 de março de 1972 pelo então presidente Garrastazu Médici à Lee Iacocca. Como a nova fábrica demoraria para ficar pronta a solução foi lançar o Maverick Super e o Super Luxo com o motor 6 cilindros do Aero-Willys/Itamaraty e o 8 cilindros o famoso 302 no GT.


Lançado oficialmente no Salão do Automóvel de 1972 o Ford Maverick chegou ao mercado em julho de 1973. Disponível em três versões, Super, Super Luxo e GT . O Maverick Super e o Super Luxo utilizavam o motor 6 cilindros em linha do Aero-Willys/Itamaraty, copm válvulas de admissão no cabeçote e válvulas de escape no bloco, comando único no bloco, tuchos mecânicos, 3016 cc, potência máxima de 112 HP, já o GT era equipado com um V8, comando único no bloco, 4950 cc, potência máxima 197 HP, carburador de corpo duplo, sistema de lubrificação com bomba de engrenagem centrífuga e filtro de elemento recambiável e atingia uma velocidade máxima de 178 km/h.


Câmbio de 4 marchas embreagem monodisco seco, direção mecânica tipo de esferas circulantes. 
Suspensão dianteira independente por molas elicoidais, amortecedores telescópicos de dupla ação, tensores longitudinais e barra estabilizadora. Traseira eixo rígido, molas semielípticas longitudinais, amortecedores telescópicos de dupla ação.
Freios hidráulicos, discos refrigerados na dianteira e tambores nas traseiras. Pneus com câmara, 4 lonas, Firestone Wide Oval D 70 S 14 e rodas de aço 6 polegadas calotas e sobre aros em aço escovado.
O painel com dois mostradores redondos, no da esquerda o velocímetro que registra até 200 km/h e odômetro, o da direita reúne o indicador de nível de combustível, luzes de pressão do óleo, da temperatura e do alternador. Entre eles um pequeno conta giros. No lado esquerdo destes mostradores estão os botões dos faróis e limpador de pára-brisas, sob o painel ficam o afogador (à direita) e os direcionadores da entrada de ar. Botão que comanda a abertura do capô e o freio de mão ficam à esquerda. Há ainda no painel o cinzeiro, acendedor de cigarros, porta-luvas, rádio e uma placa de metal com uma bandeira quadriculada e as letras GT.
Bancos dianteiros individuais em courvin.
O que mais chamava a atenção do GT eram suas faixas pretas nas laterais, capô dianteiro e painel traseiro.


Na grade dianteira os faróis de milha davam um ar agressivo ao carro.




Em agosto de 1973 o Ford Maverick GT custava Cr$ 39.398,00.

Em meados de 1974, com o intuito de homologar o kit quadrijet para as pistas, a Ford lança o Maverick Quadrijet. O comprador poderia optar em comprar o kit , comprar o motor inteiro ou o Maverick Quadrijet já com o novo motor. O kit completo custava em agosto de 1974 Cr$ 10.818,00.
O motor era basicamente o mesmo do Maverick GT : 76,20 mm curso e  101,65 mm de diâmetro; 4.950 cm³ ( 302 polegadas cúbicas); cabeço com tuchos de válvulas mecânico; coletores fundidos em alumínio da Edelbrok; comando de válvulas único central 270º Y-72C9PO862 acionado por corrente da Iskynderian. Mas a cereja do bolo era o carburador Holley quádruplo (quatro ventúris).


 Essas modificações deram ao Maverick GT Quadrijet mais 60 hp, que faziam o motor render 250 cv de potência e um torque de  41,6 mkg

Logo os Maverick começaram a fazer sucesso nas pistas.


Até 1976 não houveram mudanças no Maverick GT, porém com a crise do petróleo a Ford, que havia lançado o motor 2.300 cm³ de 4 cilindros, incorporou este motor ao GT no modelo 1977.

As mudanças externas se deram nas novas faixas







 A faixa sobre o capô dianteiro agora é dividade em duas partes por um friso na cor do carro e circundada na parte externa por um friso fino, além de cobrir uma parte interna das novas entradas de ar (falsas).







Nas laterais a faixa também mudou de posição, agora começa no recorte do pára-lamas. Na foto ao lado os números e letras indicavam o motor 2,3 litros de quatro cilindros.






O motor 4 cilindros em linha tinha diâmetro de curso 96,04 x 79,40 mm; 2.300 cm³ de cilindrada; taxa de compressão 7,8:1; comando de válvulas no cabeçote acionado por correia dentada; válvulas de admissão e escape no cabeçote acionadas diretamente pelos balancins apoiados em tuchos hidráulicos; potência máxima de 99 cv SAE a 5.400 rpm; torque máximo de 16,9 mkgf SAE a 3.200 rpm; alimentado por um carburador de corpo duplo e fluxo descendente.





 percorre a lateral do carro junto ao vinco, é interrompida pelo recorte do pára-lamas traseiro e termina atras com a palavra Maverick GT.









Nova grade dianteira em preto fosco assim como os frisos das janelas. As mesmas rodas de 6 polegadas com calotas e sobre aros em aço escovado, porém o centro da calota agora é em preto fosco e pneus radiais 205/70 HR 14.
Na traseira as novas lanternas dividas em três seções e com o painel também pintado em preto fosco. Na borda da tampa do porta malas foi colocada uma faixa mais grossa, com um filete envolvente e a palavra Ford pintada no centro.


Em dezembro de 1976 o Ford Maverick GT-4 custava Cr$ 77.319,00 e o Ford Maverick GT-V8 Cr$95.290,00


Última publicidade em que aparece o Ford Maverick GT


Em abril de 1979, com apenas 174 fabricados naquele mês, o último Ford Maverick deixa a linha de montagem. Assim se encerra a produção do "Muscle Car" brasileiro.

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