Tuesday, July 1, 2014

VENENO- COMO ENVENENAR SUA BRASÍLIA

Uma maneira "caseira" de deixar seu carro mais potente na década de 70 era "envenenar" o motor, ou seja, colocar uns cavalinhos a mais para fazer um "racha" no fim de semana.
A VW Brasília, que era equipada com o motor a ar e ventoinha em pé, podia ser "mexida", até um certo limite, sem apresentar problemas de refrigeração.
A Brasília já era barulhenta por natureza mas quem se importava com mais alguns decibéis se isso representasse um ganho de potência. 
Originalmente ela rendia 60 HP a 4.600 rpm, e conforme testes da revista 4 Rodas, alcançava uma velocidade máxima de 128 km/h, cá pra nós nada muito emocionante.
Porém tinha um motor relativamente fácil de ser mexido, e dependendo do "bolso" de cada um podia render até 100 HP. Se o proprietário optasse por uma mexida digamos "leve", com apenas a troca de carburação, o processo era bastante simples e o carro podia ultrapassar fácil os 130 km/h.
Existia ainda a opção intermediária, onde a potência ficava entre 65 e 75 HP e alcançavam 150/160 km/h.
Mas se você quisesse um motor mais "bravo" a coisa mudava. Primeiro era necessário trocar o kit, aumentando a cilindrada, usar peças especiais balanceadas, melhor sistema de lubrificação e refrigeração para suportar o giro mais alto. Também era necessário "aliviar" o peso de volantes e polias, usar virabrequim roletado e molas de válvulas calçadas. 
Além de mexer no motor a suspensão também recebia modificações. Rebaixar a suspensão através de um regulador dianteiro, rebaixamento da suspensão traseira com instalação de um estabilizador e rodas mais largas, aço ou magnésio.
Mas motores com taxa de compressão maiores que 7,5:1 exigiam gasolina azul.
A edição nº de setembro de 1974 trazia algumas opções de peças e preços para o "veneno".


Em setembro de 1974 a VW Brasília custava Cr$ 24.294,00 



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