Era comum nas décadas de 80 e 90 algumas concessionárias transformarem carros de linha em carros especiais.
Já falei aqui da Sulam que transformou o VW Passat no Passat Audi Quattro Sulam, falei aqui na Souza Ramos que modificou um Ford Maverick e transformou em Perua mas não lembrava do Fiat Prêmio Sultan Targa, que como a Perua Maverick também era transformado pela Sul Americana, empresa especializada em modificar carros na época.
Aliás o Fiat Prêmio nunca chamou a atenção pela beleza, mas na configuração Targa até que ficou legal.
Pois na edição nº 307 de fevereiro de 1986, e lá se vão 30 anos, da Revista Quatro Rodas tivemos o teste o Sultan Targa.
Tendo como base um Fiat Prêmio CS 1.5, foram conservadas parte do teto e das laterais, mesmo assim o carro recebeu reforços para evitar torção.
O carro é quase um conversível pois o grande teto solar aliado à meia capota de lona o deixaram muito divertido e agradável.
Externamente o Targa difere do Prêmio comum por sua nova dianteira, com quatro faróis, grade exclusiva e um grande spoiler com faróis de neblina acoplados. Nas laterais painéis de plástico e abas nos para lamas, além de um pequeno defletor na tampa do porta malas.
Rodas esportivas de 5.5 polegadas e pneus 175/70 SR13 e uma pintura pra lá de chamativa completavam o look externo.
Internamente recebeu bancos esportivos com encosto reclinável, volante esportivo do Uno SX, vidros elétricos e toca fitas Roadstar( já tive um ).
Em fevereiro de 1986 o Prêmio CS custava Cr$ 60 milhões e mais Cr$ 45 milhões para transformá-lo em Targa .
Além da Sultan, a Mirafiori S.A. Distribuidora de Veículos em São Paulo, também fez "seu" Targa.
Este diferenciava do Sultan por ter a capota traseira menor, teto solar não removível, forração do teto em veludo, protetor de courvin para a capota, fecho eletromagnético do porta malas, janelas laterais com vidros RayBan e rodas esportivas Jolly. Esta modificação básica custava Cr$ 60 milhões, mas se o cliente quisesse o Kit Racing, com grade dianteira de quatro faróis, spoiler frontal, painéis laterais e saias nos pára lamas teria que desembolsar mais Cr$ 12 milhões. Se ainda assim o cliente quisesse mais exclusividade como bancos e revestimento das laterais em couro e pintura perolizada era só tirar mais Cr$ 39 milhões do bolso.
Ficava caro o carrinho!
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